quarta-feira, 30 de maio de 2007

DEBUSSY, Claude – Fantasie pour piano et orchestre

Foi escrita entre 1889 e 1890, ma a partitura foi retirada pelo compositor pouco antes de sua primeira audição. Debussy opôs-se até mesmo a que ela fosse executada ou publicada durante sua vida, de forma que a estréia somente aconteceu em 20 de novembro de 1919 em Londres, pela Royal Philharmonic Society com Alfred Cortot e no mesmo dia em Lyon na França, por Marguerite Long.
As correções foram feitas a partir de 1909, em duas partes, como relatos escritos do próprio compositor na própria partitura. Até 1919, quando o editor Fromont realizou a segunda publicação corrigida, as correções do compositor foram ignoradas.
Até hoje, a obra não obteve grande sucesso, porque não possui grandes atrativos virtuosísticos não atraindo para tanto os pianistas, e nem os maestros. Além da influência de Fauré e Chopin, esta obra recebeu influencia de Vincent d’Indy, por suas similaridades harmônicas e por seu princípio cíclico. Mesmo assim, Debussy utiliza a escala de tons inteiros, ostinatos e liberdade de ordenação.
Este pseudoconcerto, é composta por três movimentos, o primeiro possui uma breve introdução escrita em um Andante ma non troppo, formado por dois temas. O primeiro tema surge logo no início na introdução. O piano aparece apenas no Allegro giusto em compasso ternário que apresentará mais tarde o segundo tema com características graciosas e melódicas. A reexposição irá sobrepor os dois temas, um na orquestra e outro no piano em fortíssimo.
O Lento e molto espressivo do segundo movimento, oferece ao solista mais independência, uma espécie de noturno atravessado por episódios febris ou de calmaria repentina, onde se ouve um tema cíclico em fa sustenido maior, que domina toda a passagem..Uma quase cadencia do piano ao finale que se segue sem interrupção: retorno, com o Allegro molto conclusivo, ao tom inicial de sol maior; transformações variadas do tema cíclico, seja em ostinato dos contrabaixos, seja pelo solista. Nota-se, num episódio mediano, um terno solo de piano em la maior, no qual tomam parte um violino e depois um corne inglês. A obra conclui-se num stretto brilhante sobre o ostinato cíclico, com um piano de exuberância mais exterior.

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